top of page
STRANGER_THINGS_edited.jpg

STRANGER THINGS TEM
PREQUEL EM VERSÃO TEATRAL

A expansão do universo original da série Stranger Things está em cartaz nos teatros de Londres e Nova York. A peça Stranger Things: The First Shadow estreou em Londres, em 2023, e está em cartaz também na Broadway, em Nova York (EUA). A dramaturgia, escrita por Kate Trefry, roteirista e co-produtora executiva da série, traz uma estória inédita que reune os principais personagens em uma aventura que antecede os fatos (prequel) mostrados nas temporadas televisivas.

 

A estória se passa em 1959, em Hawkins. O carro do jovem Jim Hopper não funciona, a irmã de Bob Newby não leva o programa dele de rádio a sério e Joyce Maldonado quer apenas se formar e cair fora da cidade. É quando o jovem Henry Creel chega a Hawkins trazendo consigo poderes assustadores. A família de Henry percebe que o novo começo planejado por eles não será fácil, pois a sombra do passado ainda persiste.

A peça, que mergulha na origem de Vecna, um dos principais vilões de Stranger Things, recebeu cinco estrelas (avaliação máxima) da crítica do The Guardian para quem: "a estória traz todos os mistérios sombrios da série original da Netflix, criada pelos Duffer Brothers, e ainda entrega um plot twist atrás do outro". Não há previsão da peça ser montada no Brasil.

THE PENGUIN.jpg

THE PENGUIN É UMA DAS MELHORES SÉRIES DE 2024

Dentre os fatores que fazem de Batman um dos melhores personagens da cultura pop está o fato de que os superpoderes de Bruce Wayne são o resultado da combinação de sua bilionária herança com sua sagacidade e empenho fora do comum (embora adote propositalmente uma imagem de playboy fútil). Nada de mutações genéticas acidentais ou elementos sobrenaturais como fonte de suas capacidades.

 

Outro fator importante é a qualidade dos principais vilões, como Coringa, Charada e Pinguim. São sofisticados, sarcásticos e têm personalidades complexas, moldadas por trágicas histórias de vida, patologias psíquicas e desvios comportamentais.

 

No âmbito da criação de personagens, os protagonistas mais interessantes são sempre aqueles que têm antagonistas complexos. Sauron, em O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien), e Hannibal Lecter, em O Silêncio dos Inocentes (dir.: Jonathan Demme, 1991), são alguns exemplos de como vilões excepcionais resultam em heróis e narrativas também excepcionais.

 

Na série The Penguin, da HBO, não há heróis na concepção tradicional, isto é, alguém que se autossacrifica pelo outro. O antagonismo cabe a dois vilões: Oswald “Oz” Cobblepot (Collin Farrell) e Sofia Falcone (Cristin Milioti). A trajetória de ambos está interligada não só por Oz ser um funcionário da família Falcone (motorista de Sofia), mas principalmente pelo impacto que os pais têm em suas personalidades e na disputa que os dois protagonizam pelo controle do comércio de drogas ilegais em Gotham City.

Embora flerte com o clichê de culpar os pais, a família ou a sociedade pelas trajetórias perversas de Oz e Sofia, a narrativa evita a terceirização da responsabilidade pelo mal que reside neles e enfatiza que há algo de errado em suas mentes, algo patológico que os conduz inevitavelmente a soluções cruéis. 

 

No caso de Oz, que por conta de uma deficiência que o faz mancar, uma aparência rechonchuda e um nariz pontiagudo ganha o pejorativo apelido de Pinguim, há uma intensificação paulatina do grau de maldade que domina sua personalidade. Num primeiro momento, a devoção à mãe, ainda que já demonstre aspectos doentios, parece de alguma forma amenizar ou justificar suas ações, mas à medida que a estória avança fica claro que não há limites para sua crueldade, nem mesmo em relação àqueles que ele parece amar.

 

A série faz jus ao rico e sombrio universo de Batman, que foi atualizado a partir das graphic novels de Frank Miller, nos anos 1980, e da trilogia O Cavaleiro das Trevas (2005-2012), de Cristopher Nolan. Assim como nessas obras, os vilões em The Penguin não fazem concessões, e o que parece beirar a insanidade é na verdade o resultado do encontro da razão com o mais puro mal.      

 

A origem do Pinguim já havia sido abordada na série Gotham (HBO, 2014-2018), assim como a de outros personagens centrais do universo do homem-morcego. Neste caso, a narrativa é um spin-off de The Batman (dir.: Matt Reeves, 2022), longa metragem no qual Farrell já interpretava o Pinguim.

 

A série, no entanto, apresenta um resultado bem superior ao filme original. Com um conjunto de roteiros que revelam personagens complexos e que trazem diálogos enxutos e com um desempenho competente do elenco, especialmente de Farrell e Milioti, The Penguin abre caminhos para a DC e a HBO explorarem da mesma forma instigante os demais personagens de Batman.

(SA)

SUCCESSION.png

A SÉRIE SHAKESPEARIANA
QUE VALE US$ 1 BILHÃO

Succession, série criada por Jesse Armstrong e produzida pela HBO, foi avaliada em US$ 1 bilhão, pela empresa de consultoria Parrot Analytics, num cálculo feito basicamente a partir das quantidades de assinantes que a série atrai e que retém e de seu potencial de distribuição. Vencedora de 13 prêmios Emmy, ela é uma das mais rentáveis e bem-sucedidas séries de todos os tempos.

 

Em quatro temporadas, exibidas entre 2018 a 2023, a série mostrou a saga da disfuncional, bilionária e poderosa família Roy. Como o título sugere, a narrativa centrou-se na disputa entre os filhos pela sucessão do patriarca Logan Roy (Brian Cox), no comando de seu império global de mídia. Mas essa parece ser uma descrição simplista sobre o que a série realmente aborda.

 

Logo após a exibição do último episódio, em 28 de maio de 2023, a Vulture perguntou sobre o que afinal era Succession a diversos críticos de TV. Aqui estão algumas das opiniões.

 

Para Jackson McHenry, crítico da Vulture, Succession é uma série obviamente shakespeariana mas sobre o nada: “Para Logan, seus filhos nunca foram pessoas sérias – eles têm sido sempre nada, uma geração fundamentalmente inábil para fazer de si mesma algo substancial e logo merecem o que herdaram [...] O arco da série é sobre os herdeiros de Roy tentando ir do nada para algo, fracassando e retornando ao nada. Eles têm poder suficiente para conturbar o mundo nesse processo, mas não o suficiente para mudarem fundamentalmente seus destinos, o que é a fonte da mordacidade satírica da série. Mas o nada é também tragédia. Talvez eles pudessem se tornar algo se recebessem amor verdadeiro do pai. O nada é também um defeito do pai. Ele se construiu como um império, mas apenas o nada pode sucedê-lo. Bem, mas alguém talvez possa conquistar um reino que está colapsando na disputa entre seus herdeiros, talvez um príncipe escandinavo – opa, isso é Hamlet”.  

 

Para Dee Locket, editora sênior da New York Magazine, “a série apresentou uma fábula amoral sobre um conjunto de filhotes de lobo que nunca aprenderam o que é realmente estar faminto [...] Succession teve e foi sobre: abolição de monarquias; crianças super ricas que não têm nada exceto falsos amigos; palhaçadas midiáticas; reuniões de conselhos corporativos; conspirações por telefone; pênis e vaginas; fracassos espetaculares; e como mulheres equivocadas estão sempre certas”.  

 

Para Jen Chaney, crítica de TV da New York Magazine, “Succession foi sobre a lavagem cerebral de um trio de irmãos feita por um pai frequentemente abusivo que acreditava que eles deveriam querer o que ele tinha: a posição de liderança de um poderoso império de mídia global. Apenas após a morte do pai, os irmãos se dão conta de que nunca quiseram essa posição, mas apenas o reconhecimento público que pensavam vir com ela”.

(SA)

Game-of-Thrones-1-Temporada.jpg

GAME OF THRONES CONTINUA A
SER A SÉRIE MAIS DEMANDADA

Levantamento feito pela Parrot Analytics mostra que Game of Thrones (HBO, 2011-2019) foi a série de TV mais demandada em 2024.

O levantamento é baseado em dados coletados da audiência dos canais abertos e por assinatura, de streaming, downloads e outras ações da audiência na Internet, em mais de 100 países. O resultado indicou que a série teve uma demanda global 89 vezes maior que a média alcançada por todas as séries de TV. Game of Thrones bateu seu próprio recorde de 2023, quando alcançou uma demanda 74,5 vezes maior que a média.

Wednesday-dance-scene-3f2956d.png

O PODER DAS SÉRIES DE FAZER DE VELHOS HITS NOVOS SUCESSOS

A escolha pelo diretor Tim Burton da canção Goo Goo Muck, na versão dos The Cramps, para ser a trilha sonora da cena da dança de Wandinha Adams, na série Wandinha (Alfred Gough e Miles Millar, Netflix), levou a canção a ter a quantidade de streamings e downloads legais (on demand) aumentado em 100 vezes do dia para a noite.

O mesmo fenômeno ocorreu com a canção Running Up That Hill, de Kate Bush, incluída na trilha sonora da quarta temporada de Stranger Things (The Duffer Brothers, Netflix). A canção que em 1985, quando do seu lançamento, ficou na 30a. posição na parada de sucessos norte-americana (Billboard Hot 100), desta vez não só voltou a ser uma das mais executadas como também alcançou a 8a. posição da Billboard.

 

As séries de TV repetem um fenômeno típico do cinema de fazer antigos hits musicais voltarem a fazer sucesso junto a novas gerações. Alguns dos filmes para a telona que fizeram isso foram: Curtindo a Vida Adoidado (dir.: John Hughes, 1986) com a canção Twist and Shout, na versão dos Beatles de 1964; Conta Comigo (dir.: Rob Reiner, 1986) com a canção Stand By Me, na versão original de Ben E. King de 1961; e The Batman (dir.: Matt Reeves, 2022) com a canção Something in the Way, do Nirvana de 1991.

(SA)

SeinfelD.webp

O SUCESSO SEM FIM
DE SEINFELD

Seinfeld foi lançada em 1989 e ficou no ar até 1998. Ao longo de suas nove temporadas e 180 episódios, a série acumulou marcas históricas.  Recebeu 184 indicações para as principais premiações e venceu 74, sendo dez Emmys. Seu último episódio foi assistido por mais de 75 milhões de espectadores nos Estados Unidos, colocando-a junto com  Cheers e Mash entre as séries de maior público da história. Boa parte dos críticos considera Seinfeld a melhor sitcom de todos os tempos.

Tal fenômeno continua a ser reafirmado de tempos em tempos. Em 2022, 24 anos após seu final, Seinfeld ainda aparece entre as dez séries mais assistidas nos EUA, segundo dados de medição da Nielsen. A série registrou 19,3 bilhões de minutos de streaming.

 

Em 2019, a licença para exibir a série por cinco anos a partir de 2021 foi adquirida pela Netflix por pouco mais de US$ 500 milhões, um dos mais altos valores já pagos pela exibição de um série televisiva. Apenas no primeiro ano de exibição (2021-2022), Seinfeld já rendeu US$ 106 milhões à Netflix, entre novos assinantes e retenção dos atuais, segundo projeções.

(SA)

bottom of page